Projeto: ECOSOL - FAUUSP

Orientador: Prof. Dr. Alexandre Delijaicov

Dupla: Thiago Pereira

O Projeto para o Ponto de Cultura e Economia Solidária - ECOSOL - foi um trabalho realizado em dupla para a matéria obrigatória "Projeto III" da FAUUSP sob orientação do Prof. Dr. Alexandre Delijaicov. Na disciplina, foram apresentados diversos programas, como habitação estudantil, infraestrutura e CEMEI, e os terrenos disponibilizados para cada um, estando todos localizados na subprefeitura do Butantã e próximos ao Morro do Querosene, na cidade de São Paulo. Escolhemos o Ponto de Cultura e Economia Solidária, uma iniciativa municipal que busca amparar as minorias e pessoas em vulnerabilidade social através do fortalecimento da autonomia econômica das mesmas, da produção de artigos até as vendas. O terreno apresentado para tal se tratava de um local onde já existe um ECOSOL implantado mas que passa por estudos para sua ampliação. Para a realização do projeto, foi nos apresentado um programa que contemplasse o uso escolhido.

Sobre o projeto: 

Buscamos o relacionar com o entorno existente, levando em conta tantos as condições urbanas, como o eixo que conecta o "Morro do Querosene" ao Instituto Butantã, quanto a memória afetiva do projeto anterior, ressaltando o significado dos seus espaços para os usuários.

Adotamos também um programa de construção que não afetasse tanto o funcionamento do equipamento, ou seja, ao invés de encerrar as atividades para a nova obra, esta ocorreria em etapas de curto e médio prazos. Assim, o antigo ECOSOL continuaria ativo enquanto parte da obra do novo edifício se iniciaria na área vazia do lote, a nordeste, e, concluída, parte das atividades do antigo edifício seriam transferidas para ele. O antigo edifício seria então demolido e a construção do restante do novo edifício continuaria em sentido oposto até se encontrar com a parte já consolidada.

Um de nossos objetivos foi criar um volume capaz de ter o máximo de ventilação cruzada e iluminação natural, além de ser convidativo aos pedestres. Para isso, utilizamos uma angulação na fachada térrea do edifício que amplia a espacialidade visual e convida o transeunte a passar pelas vitrines cobertas, atravessando o vão central, também coberto - que contém espaço para ocorrer as feiras e eventos culturais que já ocorrem na área externa existente -, até chegar à área destinada a implantação de um possível parque fluvial, por onde passa o Rio Pirajussara.

Desta maneira, o edifício é composto pelo térreo, que se divide quase simetricamente e contém, em sua parte sudoeste, o café, a livraria, o restaurante e a cozinha, e a nordeste, as lojas e o acesso ao primeiro pavimento, onde estão as oficinas, a administração, a sala de funcionários e o auditório. E, por fim, no terraço-cobertura há um jardim e horta comunitária com vista para o entorno.